Quatro anos de casados,estamos de parabéns! (07/08/2015)
O amor só chega ao fim quando tem de se pedir por ele. O amor não se reclama, não se mendiga, não mirra e não se diminui. O amor enquanto é amor é amor e ou é ou deixa de ser. O amor quando existe está na parede da casa, no tapete da sala, na moldura da estante e no candeeiro do quarto.
Está em todos os cenários ainda que mais recatado, sentado no chão à espera que a discussão acabe, escondido atrás do cansaço à espera que chegue o sono e os sonhos mas está presente em todas as coisas. O amor quando é amor precisa do outro. Precisa do outro se não dói, dói na cabeça e nas mãos e nos olhos e no cabelo. Doi porque o coração é o corpo todo, e até a alma fica pesada como a mochila da escola.
O amor quando é amor precisa de ver o outro sorrir e é só assim que se respira fundo, bem e sempre. Precisa de sentir que é responsável por parte da felicidade do outro, precisa de surpreender, precisa de abraçar, às vezes precisa só de estar perto ainda que não diga nada porque é no silêncio dos que se amam que se descobrem os maiores segredos do mundo e se resolvem os maiores mistérios da vida. O amor quando é amor fica.
Se fugiu não era amor, se partiu não era amor, se se manchou era amor e então limpa-se devagar e cura-se com cuidado. Fica e dá a mão, fica e apanha os cacos todos, fica para dizer que o amanhã vai ser melhor ainda que minta, fica porque se veste de esperança. O amor quando é amor é muitas vezes exagerado e imprudente, porque quer tudo muito e com muita força.
Não quer que ninguém o leve, não quer que ninguém lhe sopre para que arrefeça, não quer que ninguém o altere não quer que ninguém o corrompa. O amor quando é amor tem algumas lágrimas e alguma dor porque não cabe nas mãos, foge a correr como um louco,volta a chorar como um filho, faz de nós trapos e reis e nem sempre é fácil de ler.
